quinta-feira, junho 10, 2004
Lotas e peixeiradas
As cenas vividas ontem na lota de Matosinhos não dignificam ninguém. Trabalhadores e dirigentes socialistas, sejam eles locais ou nacionais. Se os dirigentes nacionais do PS sabiam do ambiente que iram encontrar e ainda assim resolveram avançar com a visita demonstraram que o populismo está acima de tudo e de todos. Não tiveram coragem para se impor aos interesses do aparelho. Mas sem sombra de dúvidas que os grandes culpados de tão grande disparate são essas duas “figuras” únicas do PS de Matosinhos. Um, Narciso, comanda a cidade como quer e da forma que se ouve. Tinha um delfim que, como quase todos os delfins, resolveu um dia emancipar-se do pai. Não pela diferença de opiniões ou de métodos, mas apenas pela obsessão do poder pelo poder e usando as mesmas técnicas, algumas com mais eficiência outras das vezes de forma mais atabalhoada. O certo é que a imagem que estes políticos dão da classe não é das melhores. É gente como esta que leva os Portugueses a alhear-se dos actos eleitorais e a olhar partidos e parlamento como “sanguessugas”. Para terminar os menos culpados, os manipulados trabalhadores da Lota de Matosinhos. Ano após ano prestam-se a estas cenas. As razões de tal não podem ser apenas o amor partidário. E assim se vai fazendo política em Portugal
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