quinta-feira, junho 03, 2004

Insultos, politica,politicos e comunicação social

Em politica só existe o que a opinião pública souber que existe. ESta frase tão clara foi proferida por salazar. Passados uma série de anos continua actual. No entanto, com enquadramentos diferentes.

Temos uma opinião pública com maior capacidade de acesso à informação. Fruto de uma comunicação social mais independente e em maior número. Nos últimos anos o crescimento do número de jornais é uma realidade e a força de televisões e rádios passaram a fazer parte do nosso quotidiano.

Mas por outro lado vivemos um fenómeno negativo. Os interesses dos leitores/telespectadores vão para as chamadas "lateralidades". Quem vive com quem, quem disse o quê, quem cortou relações com quem, quem ameaçou quem. E qual o resultado disso? Temos uma comunicação social que de uma forma geral satisfaz esse apetite.

O que merece mais espaço na comunicação social: as frases sobre os carecas ou as propostas para a Europa? Vence claramente a primeira. Quem mais facilmente faz uma primeira página? a afirmação que o PP é um partido xenófebo e fascista, ou as propostas para a revisão da PAC? A primeira ganha por 10 a 0.

Aqui chegados temos os politicos a procurarem ganhar a tal primeira página, o título a letras gordas. E saem os disparates a velocidades que fazem inveja a um Ferrari.

Mudar este estado de coisas depende primeiramente dos politicos ( se não disserem disparates os jornalistas não os inventam). Mas tem que haver um esforço por parte da comunicação social, (pelo menos por aqueles mais responsáveis)para que o destaque não seja dado aos disparates mas às propostas, às ideias e ao lado positivo da politica, essa tão nobre arte quando assim interpretada.

Quando estas duas importantes partes do processo democrático seguirem estas minhas sugestões estou certo que os consumidores de jornais, rádios e televisões mudarão também eles as suas opções. Quanto mais não seja pela falta da anterior.

Mas atenção que o primeiro passo tem que ser dado pelos politicos. Sejam eles lideres de jotas, deputados, cabeças de listas ou membros do governo. Assim se respeitem e os outros passarão a respeitá-los.

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