O artigo de Pacheco Pereira no Público (que corresponde a um idêntico no seu abrupto) lança polémica quanto à análise das eleições europeias.
Com toda a sinceridade acho que parte de um ponto de vista correcto na análise que faz à esquerda: um PS mobilizado por várias razões e que foi votar, um PCP que sempre luta por resistir e um BE que quer conquistar o eleitorado comunista através de ua política de casos por vezes apetecível para aqueles que têm 18-25 anos e quie mais tarde se tornam em homens e mulheres de centro-direita.
Na análise que faz da coligação de centro-direita acho que tenta lançar algum ácido interno para o seu partido, demonstra mais uma vez que tem questões pessoais que considera inultrapassáveis, e lança cenários hipotéticos que mais não são do que esquemas teóricos de temores muito concretos que sempre tem assumido na sua intervenção pública.
Por fim, estranha a falta de partidos euro cépticos nas margens do sistema. A razão quanto a mim é muito simples. Eu que me assumo como um europeísta convicto defendor da evolução dos tratados e da União Europeia e que prefere um modelo federalista bem pensado do que um diréctório de Estados tenho companheiros partidários que têm dúvidas sobre as minhas opções. O mesmo acontece no PS e no PSD. A divisão interna nos partidos é cada vez mais evidente.
Os partidos mais euro cépticos nestas eleições ou optaram pela demagogia do galo de barcelos e dos jaquinzinhos (nem preciso de relembrar os seus resultados desastrosos) ou tiveram resultados mais baseados em questões de natureza interna. De facto, não acho que mais de de 75% dos nossos eleitores não tenham dúvidas sobre o projecto de tratado constitucional, mas sinceramente também não se interessam pelo tema e não demonstram vontade de o debater. Preferem outros temas que a comunicação social lhes dá todos os dias.
PS - Não se entende que o Público na sua página 9 publique o artigo de Pacheco Pereira e na página 16 tenha uma notícia sobre o texto do abrupto que é idêntico àquele que publicou. Sou leitor assíduo do jornal e não preciso de ler duas vezes a mesma coisa.
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