Os últimos dez dias foram de tal maneira intensos que não consegui escrever uma linha no nortadas. Não sei se foi com alívio que assistiram a este meu desaparecimento (há outros mais longos...), mas para o bem ou para o mal voltei.
Durante esta semana e meia houve festejos pelos trinta anos do 25 de Abril com mensagem presidencial pelo meio, foi aprovada uma revisão constitucional, foi apresentado um programa para dar maior eficácia ao combate às listas de espera nos hospitais e um outro para o combate ao abandono escolar, foram ditos mais uns disparates sobre soberania, foi discutida a retoma e o investimento público e, finalmente o Porto, cumprindo a normalidade da evolução democrática foi campeão nacional de futebol. Sobre tudo isto vou escrever. No entanto acho que devo reflectir um pouco sobre os caminhos que a política está a seguir.
No dia 19 de Abril, em Santa Maria da Feira, participei num debate sobre o 25 de Abril. Nessa altura pude ouvir por parte do Eng. Ângelo Correia e do Deputado Marques Junior algumas perpexidades sobre o estado da nossa vida política e pública. Dizia o último que a existência hoje em Portugal de 200 mil pobres - trinta nos depois da implantação da democracia - o fazia repensar a sua participação política. Isto pode e deve levar a um conjunto de questões.
Será que andamos bem? Será que a discussão sobre o r do 25 de Abril é a mais relevante? Será que a procura de recados numa intervenção do Presidente da República é aquilo que mais interessa aos portugueses? Será que se deve continuar numa discussão política de passa responsabilidades? Será que tudo se deve centrar na agenda ditada pelos meios de comunicação social? Será que não se deve procurar meios de particiapção da sociedade civil? Porque será que ninguém fala a sério dos problemas da segurança social e da natalidade na Europa? Porque será que poucos falam disto?
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