Apesar de não ser fim do ano, vale sempre a pena ir fazendo balanços.
A RTP era um grande problema. Além do buraco financeiro, a programação era uma vergonha. O Mogais Sagmento viu o problema à primeira, e a solução só à segunda (a ideia inicial era acabar com a 2...). A verdade é que o Rangel foi à sua vida, reduziu-se pessoal, e as contas estão melhores. Já se sabe que a sorte protege os audazes, e aqui o Governo foi audaz.
Os Hospitais SA estão a resultar. Neste caso, parece-me que foi exactamente o que o Governo quis. Estamos todos a ganhar. Nesta viagem, o PS critica o mau tempo, mas não a rota escolhida...
O Código do Trabalho não é o melhor do mundo, mas é melhor do que aquilo que existia. Havia leis de antes do 25 de Abril, leis do PREC, da AD, leis do Bloco Central, do Cavaco, do PS... Esteve bem o Governo, embora esta viagem tenha de continuar daqui a 2 anos.
O pior está a ser a Justiça. Não a Justiça das decisões, do aquivamento de Entre os Rios, ou da libertação do Paulo Pedroso, ou das declarações para memória futura. Aquilo que está mal é que os tribunais não estão a funcionar. Foram feitas reformas - algumas iniciadas pelo PS - mas a implementação foi de amador. O DE contava ontem que há 3.000 e-mails por abrir nos tribunais portugueses. Em Espanha, um processo judicial para apreciar a legalidade de um despedimento demora 3 meses (assim me foi dito...).
Os tribunais não servem, em bom rigor, para aplicar justiça. Servem para resolver conflitos. O governo tem de pensar bem na eficácia dessa função do Estado.
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