Ontem ouvi João Lobo Antunes dizer que perante um livro podiamos ter duas situações:
1 - o livro foi escrito para outra pessoa
2 - não estamos preparados para o ler naquele momento
Algumas foram as vezes em que abandonei um livro sem o terminar. Desta feita foi "Ensaio sobre a lucidez" . Paciência. O resultado que Saramago pretendia está alcançado: muita discussão, muito livro vendido, alguns milhares mais na conta bancária e sempre pode continuar a dizer mal do sistema que lhe permite editar, vender um livro e até votar da forma que entender quando entender. E até ser sufragado pelo voto.
Das 57 páginas lidas, ficaram algumas notas:
- temos um ministro da defesa que não foi à tropa. Já alguém dizia que "não há coincidências".
- a situação do voto "omo" apenas decorre na capital do país. não foi mesmo aí que o senhor do nobel foi em tempos idos candidato?
talvez mais notas fossem possíveis retirar. Mas a falta de tempo leva-me a seleccionar como gasto o meu tempo. Mas que já gastei 17 euros lá isso é verdade.
dando por válida a classificação de Lobo Antunes, tenho que que me incluir na primeira categoria. Definitivamente aquele livro foi escrito para aqueles que gostam de criticar o sistema, vivendo nele e dele.
Quanto ao acto do voto em branco, acaba por ser a opção de quem não querendo deixar de participar, não se reve em quem vai a votos. Nada de mais democrático.
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