Fevereiro e Março

Tinha o compromisso de eleger todos os meses as suas principais figuras quer a nível interno como externo. Em Fevereiro falhei. Por essa razão faço hoje, e de uma só vez, a análise dos últimos dois meses.

Plano interno:

A subir

Gomes Canotilho - Fui aluno no curso de mestrado do Prof. Gomes Canotilho. Foi nessa ocasião que conheci um dos mais brilhantes juristas portugueses. Pessoa afável, de fácil contacto, empenhado em ensinar, devo assumir que foi alguém que me encentivou para a investigação jurídica.
Para além desta nota pessoal devo dizer que o Prof. Canotilho se caracteriza por um enorme rigor no seu trabalho, desenvolvendo de forma constante os seus estudos na área do Direito Público, e em especial do Direito Constitucional. A atribuição do Prémio Pessoa corresponde a um acto de justiça que a nossa ciência jurídica, e, em especial, o premiado bem merecem.

A descer

António Guterres - O seu retorno não se fez da melhor forma. Quem se quer apresentar como um político para o futuro não pode andar a apregoar orgulho num passado tão mau como aqueles que vivemos entre 1995 e 2001. Seis anos sem Governo e atitudes como a negociação com Daniel Campelo não podem ser relembradas pelo próprio.A não ser que não queira mesmo ser candidato presidencial...

Plano externo:

Zapatero - Ganho. Estava no sítio certo na hora certa. O poder caiu-lhe nas mãos. Tem muito a provar para o futuro. Sobles e Bono são boas escolhas, mas a publicitação orgulhosa de um governo que tem tanto homens como mulheres não me parece um bom caminho. Por mim esta estatística é totalmente indiferente. O único critério que concebo para estas escolhas é o da competência, e quanto a isso nada melhor que esperar para ver.

A descer

Aznar - Pessoalmente custa-me um pouco esta referência, mas o facto é que Aznar perdeu as eleições. Foi um grande governante, mas possivelmente um conjunto de factos, como a má gestão de assuntos sensíveis - como o Prestige e o 11 de Março - e a apresentação de um candidato como Mariano Rajoy levaram à derrota do PP. Pode ser que no futuro o volte a colocar a subir. Resta esperar.