Fez ontem dois anos sobre a data em que o actual Governo tomou posse. De forma propositada nada disse sobre o aniversário, mas hoje não consigo resistir a comentar alguns comentários que pude ouvir ou ler.
Começo por António José Teixeira. Pude assistir à sua análise na SIC-Notícias e senti que cada vez mais tem a necessidade de fazer de contra ponto face às opiniões de Luís Delgado. É um direito que tem, mas isso não me faz concordar com a ideia que tentou passar de que o Governo reduziu toda a sua actuação ao combate ao défice. Basta olhar para a página de publicidade sobre a actuação do Governo nas mais diversas áreas para se concluir que exister uma marca reformista. É possível que alguns discordem, mas ninguém pode dizer que não se está a fazer nada. E basta olhar para o Ministério das Finanças - politicamente é aquele que se assume como o principal responsável pela consolidação orçamental - para se notar que se implementou a reforma da tributação do património imobiliário, se reduziu a taxa de IRC de 30% para 25% (iniciando o "choque fiscal") e se iniciou a reforma da Administração Pública (com um atraso de anos. Não será isto mais do que o simples combate ao défice?
Sousa Franco, por sua vez disse que um Governo tem de cumprir o seu Programa de Governo. Concordo. É isso que este está a fazer. Peço desculpa, mas se era uma crítica, sinceramente, eu não a percebi.
Por fim, Amílcar Correia no seu editorial no Público crítica toda a actuação do Governo e desta maioria. Mais uma vez, e um direito que tem. Mas mais uma vez o aconselho a ver a página com as medidas que o Governo tomou. Se não ficar satisfeito pode mesmo ir à página da internet. Se mesmo assim considerar insuficiente, se calhar o melhor é passar os olhos pelo Diário da República. Se continuar o seu tom crítico posso dar um outro conselho consultar nos arquivos do "Público" as notícias sobre as várias reformas implementadas. Se nada disto chegar eu desisto.
E já agora não percebi o fim do artigo em que se diz "E claro há Paulo Portas". Será a referência ao novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional? Ou às decisões tomadas em relação ao reequipamento das forças armadas? Ou à dignificação dos Antigos combatentes, com a criação do Fundo dos Antigos Combatentes? Ou a recuperação da situação das OGMA? Ou será que Amílcar Correia que comparar a obra feita por este Ministro da Defesa e pelos anteriores titulares do cargo? Eu, entre todas as opções, prefiroa última. E, por isso fico à espera por essa análise independente.
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