Cumpriu-se 2 anos de governo. Com altos e baixos. A tarefa não era fácil desde o príncipio. A herança era ruim, a conjuntura internacional não ajudava e mais complicou e por fim era uma coligação entre dois partidos que sentem, no seu íntimo, um ódio de estimação.
Passado que está esta primeira parte, a sensação com que se fica é que se andou a fazer alguns trabalhos de sapa, sem grande brilho, mas a procurar por a casa em ordem e na esperança que os ventos exteriores soprassem a favor.
Haverá sem dúvida ministros que tinham o "trabalho de casa" bem feito e rapidamente acabaram por ser mais visíveis e profícuos. Estou a pensar no caso de Bagão Félix, que apesar de tudo esperava tivesse sido mais arrojado nas alterações do código de trabalho. Mas aqui acredito que o parceiro de coligação não o deixou.
Outros houve que não se percebe se fazem ou desfazem o que estava mal feito ou o que andam lá a fazer. Aqui caberá o ministro da Cultura que, sendo um ministério que sem dinheiro não faz flores tal o hábito enraizado no Português, também quando se exigiria a sua presença se faz despercebido.
Depois temos o caso do ministro Morais Sarmento. Começou como um elefante numa loja de porcelana, acabando como uma andorinha a saborear os primeiros raios de sol. É que a RTP tem contas arrumadas e casa nova.
Não sendo no mesmo estilo temos um ministro que resolveu mexer em poderes seculares. Luis Filipe Pereira tem procurado mudar algumas mentalidades e muitos hábitos. As críticas que lhe são feitas, na maioria não são de filosofia mas na forma como são implementadas. Mas isso é normal cada um tem a sua.
Depois, sim, depois esperamos que a ministra Ferreira Leite ganhe a sua aposta. É que assim ganharemos todos.
Resumindo, falta a segunda parte do jogo. E só no fim do jogo é que se sabe se a táctica foi boa. Aguardemos pois.
Sem comentários:
Enviar um comentário