quarta-feira, fevereiro 11, 2004

António Borges segundo Barnabé

Numa visita ao mundo dos blogs encontrei um texto no Barnabé sobre um dos promotores do Compromisso Portugal (já agora e importante dar uma espiadela ao www.compromissoportugal.com), mais precisamente sobre António Borges.

De acordo com a prosa em causa António Borges - nada mais nada menos do que o vice-presidente da Goldman Sachs e um dos economistas mais respeitados no mundo académico a nível internacional - teria cometido um sortilégio ao afirmar "Portugal teve uma revolução que foi, embora curta, uma enorme pertubação na história do país (...) Depois do 25 de Abril houve uma geração de empresários que fez coisas maravilhosas.". Para o Barnabé frases como estas fazem com que António Borges apenas "continue a ser conhecido no plano político" por não ter entrado num avião que sofreu um acidente.

Esta última afirmação é tão ridícula que nem sequer merece comentário.

Já anterior tem de ser refutada.

O 25 de abril trouxe o principal bem que uma sociedade política pode ter - a liberdade. Entre as várias formas de liberdade surge obviamente a económica para os seus indíviduos e empresas. E aí não nos podemos esquecer da livre iniciativa para os indivíduos e empresas. É também por isso que não é possível aplaudir as nacionalizações, ou o objectivo de eliminação dos latifúndios ou de redimensionamento do minifundio (estes dois ainda se encontram no texto actual da nossa Constituição...). É também por isso que os empresários com a sua actividade "fizeram em Portugal coisas maravilhosas", como, entre outras, a implementação da nossa produtividade para números aceitáveis no plano europeu, a criação de riqueza para o país, e a implementação de uma economia de mercado.

De facto, a melhoria das condições de vida dos portugueses, nestes 30 anos,é de facto algo "maravilhoso". Um discurso de optimismo é também essencial perante um folcolórico léxico de depressão que alguns usam. Não é com meras críticas á globalização que se resolve o que quer que seja. Bem pelo contrário, o caminho como refere António Borges deve ser o de criar "... um novo modelo económico assente no risco, renovação e exigência.onde o papel dos empresários seja o de agentes da mudança, através de uma liderança exemplar, exigência, iniciativa e responsabilização". Será assim que os empresarios continuarão a fazer "coisas maravilhosas".

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