Há uns dias assisti a dois especialistas em Transportes a defender o alargamento dos subsídios ao transporte público de passageiros para além de Lisboa e Porto. Impressiona-me que ao fim deste tempo todo ainda se insista no subsídio directo e indiscriminado com base na lógica do serviço público. Por esta logica serão subsidiados os transportes, as comunicações, o pão e por aí em diante.
Isto é, vamos subsidiar quem precisa e quem poderá pagar o preço adequado.
Esta lógica não convida as empresas que prestam este serviço público a uma gestão eficiente. Estas justificarão sempre as suas ineficiências na base do serviço publico e estarão pouco interessadas em melhorar o serviço. Consideram os seus clientes como utentes e será pouco importante se estes estão satisfeitos.
Defendo que as empresas têm de ser geridas de forma eficiente e para isso é necessário que sejam sujeitas á gestão de risco do seu negócio. A formação do preço é uma componente fundamental já deste depende a avaliação de utilidade que os seus clientes farão. Se a todas as empresas fosse exigida uma gestão com ausência de subsidios e que estes fossem atribuidos a quem realmente deles necessita, teremos seguramente um melhor serviço público. As empresas que explorariam este serviço (preferencialmente em concorrencia) seriam obrigadas a melhorará-lo e a tornar o seu "produto" mais atractivo para que os seus clientes considerem que o seu valor é maior do que o preço.
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