quarta-feira, janeiro 14, 2004

Droga de Nacionalização e Droga de Presidente

Hoje destaco dois artigos no jornal Público com pontos de vista muito interessantes.
Um é o editorial do
Nuno Pacheco
comentando um relatório da Human Rights Watch sobre Angola. Este relatório refere em especial que as verbas do Petróleo "despareceram" ao ritmo de 700 milhões de dolares por ano. Isto num dos países mais pobres do mundo no qual o seu Presidente é um dos homens mais ricos do planeta e que ,antes de o ser, não lhe era conhecida qualquer fortuna. A este Presidente não se ouvem contestações da classe politicamente correcta da esquerda e, que me lembre, nunca houve manifestações de protesto ou vigilias em frente da Embaixada de Angola ou mesmo abaixo assinados contra a manutenção deste estado de coisas num país em que o povo se queixa de fome a falar Português.
Outro artigo de opinião muito interessante é o de
Manuel Pinto Coelho
contra aquilo a que ele chama de "Nacionalização das Drogas" e consiste em atribuir ao Estado o papel de distribuir drogas. É particularmente impressionante um testemunho de uma ex-toxicodependente no qual ela diz que se tivesse tido facilidade em continuar a obter drogas nunca se teria tratado. Esta opinião é como sabem de alguém que é um especialista na matéria com larga experiência no combate médico a este flagelo. Não posso deixar de concordar que uma liberalização de drogas é aplicar uma politica de avestruz relativamente a este tema. Ficamos bem nas estatisticas de consumo ilegal de drogas mas muito mal na forma como apoiamos quem precisa de ajuda para se libertar delas.

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