No ciclo de debates Jornal Público/Universidade Católica no Porto pude assistir a dois deles. Por sinal o primeiro e o último. Por sinal onde foram questionadas a formulação das perguntas que estavam subjacentes aos debates. Eram formuladas na negativa é certo, mas muitas das vezes esta é uma boa plataforma para um debate que se queria aceso e interessante.
Se em Pacheco Pereira se entende a repulsa pelas perguntas, como hoje aliás muito bem explica Paulo Rangel no Público, já de Ernani Lopes me causou mais estranheza. Ou talvez não. Pois a postura que adoptou em todo o debate procurando vender, ou a necessidade de um estudo sobre as oportunidades para a cidade (feito claro pela sua empresa), ou então que o Porto estava bem, que quem estava mal era Lisboa e que as outras cidades de Portugal olhavam para o Porto como um papão que não devia engordar. Deu para perceber? Tenho dúvidas que assim só perceba alguma coisa. O que eu poderia resumir da participação de Ernani Lopes são dois aspectos, que podem coexistir entre si: ou o assessor que lhe fez o guião é fraco ou de facto a visão centralista de um lisboeta esteve bem presente no auditório da Católica. Mas que paralelismo se pode fazer entre um lisboeta assumido e um portuense refugiado entre a Marmeleira e Bruxelas? Um e elucidativo: falta de um conhecimento real do país. O que de facto preocupa quando falamos de pessoas com responsabilidades públicas.
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