segunda-feira, junho 23, 2008

Um PSD de cara lavada

O PSD renovou-se.
Emergiu um novo povo livre e surgiram novos rostos e novos protagonistas, sob o signo da confiança.
Este PSD, que se formou e que se irá dando a conhecer, arrasta atrás de si um capital que, confesso, há muito não lhe sentia. Foram alguns anos em que a ala populista do partido tomou pulso e ocupou o epicentro das movimentações politico-partidárias. Foram tempos de um desgaste paulatino e inconsequente que levaram o partido a um estado de apoplexia. Caminho penoso e perigoso, percorrido com riscos elevados e incontáveis danos.
Porém, algo mudou. E mudou para melhor. Aliás, como já havia referido, o grande valor desta mudança não é a inevitabilidade em ganhar eleições – se sim melhor. Também não é uma mera questão de recolocar o debate político, puro e duro, no centro dos interesses dos cidadãos – o que já seria bastante. Nem o de credibilizar o partido – facto não despiciendo.
O valor acrescentado que se conquistou é o facto de ser portador, aportador e apontador de Esperança. Da susceptibilidade de dinamizar sinergias. Porque se criou algo que, espero, seja capaz de re-ligar os cidadãos a uma instituição angular da democracia e do regime. E, com isso, ser uma promessa de novidade não só para o partido, para a Direita, mas para o País.
Há quem já lhe chame – creio que de modo pejorativo – um regresso das elites. Dessas que andavam demitidas. Porém, a argamassa desta nova fase fundiu-se numa perspectiva consciente de responsabilidade social por parte dos seus novos protagonistas. Face aos tempos interessantes e inquietantes, aos novos desafios e exigências que se avizinham.
Há, por isso, todo um ar de refrescamento que varre os lugares do aparelho do partido. Que, sem dúvida, tem como face o ainda presuntivo novo líder da bancada parlamentar, Paulo Rangel. O seu lugar, como tribuno, irá marcar todo um outro estilo de fazer e de estar na política: erudito, assertivo e consistente. Não serão simples estocadas retóricas que irão bandarilhar José Sócrates, mas lúcidas e coerentes lides, rematadas, essas sim, por touchés de clara eloquência.
Numa palavra, estou seguro que se adivinham lutas onde o mais que irá transparecer será o justo e verdadeiro interesse pelo bem comum. Uma inspiração pura de sentido de serviço.

3 comentários:

  1. Uma coisa é certa: no que respeita ao Paulo Rangel, o País fica claramente a ganhar.

    A ver vamos se o PSD é capaz da coerência ideológica que o pensamento organizado e arrumado do seu líder parlamentar pode dar a entender...

    ResponderEliminar
  2. Força com isso! Que bom poder voltar a acreditar!

    ResponderEliminar
  3. Desculpem lá a pergunta: Paulo Rangel não era um sujeito palavroso que enchia o debate na RTP no tempo de Marques Mendes e o Marques Guedes nõ ocupava a bancada parlamentar no tempo de Marques Mendes e MFL a presidente do Congresso e não foram todos expulsos pelas bases porque o partido não crescia nas sondagens?

    Ah, agora vão ganhar a Sócrates em 2009?! Então a mudança vai ser essa?!! E com o Rui Manchete, que todos estão bem lembrados dos seus "raids"... Não sei bem por onde, mas sente-se ali elitismo e muito cheiro a mofo e nafetalina...
    Já agora Passos Coelho vai esperar tanto tempo ou Miguel Relvas e a "entourage" dos jotinhas está disposta a perder a ocasião de "arrasar" já no final do ano?!

    Estavam a falar do PSD, não estavam?!
    Estamos conversados!

    ResponderEliminar